sábado, 21 de maio de 2011

Palocci - Consultoria

Palocci se recusa a falar em números, a identificar clientes e a descrever a natureza dos serviços que lhes prestou. Mas o texto produzido por sua assessoria para orientar os líderes da base parlamentar do governo na sua defesa - e que, por inadvertência, foi amplamente difundido - argumenta que, "no mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a esses profissionais no mercado", citando ex-autoridades da área que prosperaram na iniciativa privada.
(...)
Relator do projeto social do pré-sal e da proposta de prorrogação da CPMF, presidente da comissão da reforma tributária e membro da comissão do Orçamento, lembra a colunista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor, além de diretamente envolvido na regulamentação da previdência complementar, ele estava em posição de antecipar tendências aos seus consulentes, um certo número dos quais há de ter contribuído para a sua campanha, e de levar em conta os seus interesses. Não está claro em que medida isso estava no cerne de suas consultorias - se é que estava. Mas os ganhos da Projeto são compatíveis com oportunidades dessa magnitude
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110521/not_imp722020,0.php

Ministério Público. Na representação entregue ao Ministério Público, o PPS sugere que a empresa de Palocci aparentemente "esteja sendo utilizada como um mero anteparo para escamotear o crescimento vertiginoso" do patrimônio pessoal do ministro da Casa Civil e pergunta
quais eram os clientes,
os serviços de consultoria prestados e
o faturamento da empresa.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,deputados-do-psdb-cobram-informacao-do-coaf-sobre-palocci,720434,0.htm


De acordo com o deputado federal Rubens Bueno (PR), líder do PPS - que assina a representação - restam muitas dúvidas sobre a origem do dinheiro que permitiu ao ex-ministro da Fazenda do Governo Lula comprar, sem financiamento, um apartamento avaliado em R$ 6,6 milhões e um escritório de quase R$ 1 milhão, situados em bairro nobre de São Paulo. Os imóveis foram adquiridos pela empresa do então ex-ministro, Projeto Consultoria Financeira e Econômica.
(...)
Na petição ao chefe do Ministério Público Federal, o PPS ressalta que “para afastar qualquer dúvida sobre a retidão e a lisura do comportamento de um importante ministro de Estado, seria necessário que a PGR abrisse uma investigação, com o auxílio da Polícia Federal, para investigar os fatos”.
(...)
Dentre esses pontos são destacados os seguintes:
Quem eram os demais clientes dessa empresa;
quanto a empresa faturou no período em questão;
quais os serviços de consultoria prestados pela empresa;
se o ministro detinha 99,9% do capital social, por que ele não optou por fazer a retirada de lucro e registrar os imóveis em seu próprio nome, como pessoa física;
como o ministro encontrava tempo para administrar a empresa, se exercia o mandato de deputado Federal, e seu sócio minoritário reside nos Estados Unidos.
(...)
Caso ao PGR acolha a representação do PPS, o inquérito terá de ser aberto no Supremo Tribunal Federal, foro privilegiado por prerrogativa de função para processar e julgar ministros de Estado.
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/05/17/pps-requer-a-pgr-abertura-de-inquerito-criminal-sobre-suposto-enriquecimento-ilicito-de-palocci/


Sobre a matéria:
1. Todas as informações relacionadas à evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci constam de sua declaração de renda pessoa física.
2. Todas as informações fiscais e contábeis da empresa Projeto são regularmente enviadas à Receita Federal, de acordo com as normas vigentes.
3. Todas as informações sobre a empresa e as medidas tomadas para prevenir conflito de interesses foram registradas junto à Comissão de Ética Pública da Presidência da República quando da posse do ministro.
4. A matéria não traz qualquer indício de irregularidade na conduta do ministro Palocci nem na atuação da empresa Projeto.
5. O Ministro não reside no imóvel citado na matéria.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/17/assessoria-de-palocci-encaminha-esclarecimentos-lideres-partidarios-cita-casos-similares-924483335.asp#ixzz1Me3Rd4Po
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A Comissão de Ética da Presidência decidiu não investigar o aumento do patrimônio de Palocci. Para o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, não cabe ao órgão consultivo da Presidência "indagar da história das fortunas dos pobres e dos ricos que chegam a ministro de Estado".
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/dilma-diz-que-saude-do-governo-vai-bem-apos-noticia-sobre-palocci.html

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