terça-feira, 24 de maio de 2011

Extrativistas assassinados no Pará

Casal de extrativistas é assassinado no Pará
José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, considerados sucessores de Chico Mendes, foram executados na 2ª. Dilma manda PF investigar morte
Wilson Lima, iG Maranhão | 24/05/2011 16:27
O casal de lideres extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foi executado na noite desta segunda-feira na cidade de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, cidade a 390 quilômetros de Belém.

A suspeita de Organizações Não Governamentais (ONG’s) e da família de Ribeiro é que ele tenha sido executado por madeireiros da região. Silva era considerado sucessor de Chico Mendes, em referência ao líder dos seringueiros do Acre que foi morto em 1988 por sua defesa da Amazônia.
(...)
José Claudio da Silva vinha recebendo ameaças de madeireiros da região desde 2008. Segundo informações do CNS, desconhecidos costumavam rondar a residência do casal disparando vários tiros para tentar intimidá-los. José Cláudio da Silva era um dos principais defensores da preservação das floresta amazônica após a morte de Chico Mendes e constantemente fazia denúncias sobre o avanço ilegal na área de de preservação onde trabalhava por madeireiros para extração de espécies como castanheira, angelim e jatobá.
ultimosegundo.ig.com.br

24/05/2011 - 17h48
Líderes camponeses no Pará foram mortos em emboscada, afirma polícia; ameaças de madeireiros serão analisadas
Janaina Garcia
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Silva e a mulher integravam o projeto de assentamento agroextrativista Praialta-Piranheira, criado na região em 1997 e que trabalhava principalmente com produtores de castanha. Líder da associação de camponeses da região, ele se tornou conhecido por denunciar a ação de madeireiros ilegais na floresta amazônica. Apesar de denúncias feitas em público, no entanto, nenhum deles tinha proteção policial.
(...)
Indagado sobre o motivo de o casal --que há anos militava contra a exploração feita pelos madeireiros --não ter contado com algum tipo de proteção da polícia, uma vez que já teria sido ameaçado de morte em outras oportunidades, o delegado atribuiu a situação à falta de efetivo.
“A extensão [territorial] aqui é grande; temos dois investigadores no efetivo, é complicado --além disso, a delegacia atende também a cidade de Jacumbá, a 50 km de Nova Ipixuna”, justificou.
(...)
Na palestra, Silva disse que em 1997, quando foi criado o projeto de assentamento extrativista, a cobertura vegetal na região chegava a 85% do território, com florestas nativas de castanha e cupuaçu. “Hoje resta pouco mais de 20% dessa cobertura”, disse ele, que se auto-denominava castanheiro desde os sete anos.

noticias.uol

Nenhum comentário:

Postar um comentário